sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"Um Dia" para ser esquecido



Eu adoro ver indicação de livros. Na internet, dos amigos, de alguém que já leu. Quando as pessoas falam, aquela empolgação é tão verdadeira que eu não aguento e tenho que saber como é. É quase inveja. Depois da capa de um livro, um texto sobre ele é o que mais me faz comprá-lo. Compro livro por qualquer motivo. Menos quando todo mundo está lendo. Acaba sendo tão superestimado que geralmente me decepciona. 

Mas lembra de Um Dia? Vi uma resenha de um cara, um colunista que eu leio faz tempo e que gosto muito dos textos e do bom (senso) gosto, dizendo que o livro era muito bom. Acabei me interessando. Mas meu pé foi para trás na hora. Como assim excelente? Não tem como um livro com aquela proposta ser excelente. Pelo menos, não pra ele. Na hora baixei o livro e fui louca pra casa ler. O que tem aí dentro que o pegou de jeito?

Foram exatamente dois dias e 408 páginas de ansiedade. Fiquei esperando o livro ficar bom, mas não ficava. Ele era tão denso em detalhes que ficava enjoativo. Parecia querer compensar o que eu já previa. A falta do arremate final, sabe? Aquilo que você não imagina que alguém possa imaginar. Algumas partes do livro se perderam e até agora não consegui encontrar o desfecho. Desconfio que foi o meu desinteresse. 

Faltando 47 páginas para o final, parei. Cansei. Virar cada página pesava. Insisti. Até que o que eu pensei ser óbvio demais pra qualquer livro sem história, aconteceu. A protagonista morreu. A mocinha lutadora, sofredora e inteligente morre. Coragem matá-la assim. Argumento que só pode ser usado num roteiro muito sensacional. O que não foi o caso. O autor precisava desviar o olhar da história desencontrada. E o que poderia dar mais certo do que a tristeza? A morte comove e perdoa qualquer erro. É a redenção. 

Mas não foi pra mim. Ainda não entendi como um livro tão falado pode ter uma história tão sem graça, como um romance pode ter tão pouca emoção. Se você leu a trilogia 50 Tons de Cinza, não precisa ler Um Dia. Porque no quesito joguinhos amorosos, o casal Grey se saiu bem melhor.  




Nenhum comentário:

Postar um comentário