Nunca fui muito ligada na Fórmula 1. Sou apenas fã do ser humano. Também não acredito muito em mitos ou ídolos a serem seguidos, mas bons exemplos são sempre bem-vindos.
E essa sempre foi a categoria que encaixei Ayrton Senna. Um ídolo do Brasil reconhecido no mundo inteiro. Um exemplo de determinação, coerência e fé.
Mesmo não gostando muito de insistir em acontecimentos ruins, não resisti e caí na tentação de assistir ao documentário Senna, de Ayrton Senna, mesmo sabendo que, a duas horas da chegada de 2012, choraria bastante. E chorei o choro premeditado.
Uma tristeza tão intensa que dá vontade de voltar no tempo ou ir para o futuro para saber se somos realmente donos de nosso próprio caminho. Mesmo com o coração apertado, dá pra entender porque aquele homem foi - e sempre será, não sei se o mais importante, mas o mais intenso mito que o Brasil já teve.
Ser o melhor na competição não bastava pra ele. Ele tinha que ser o melhor no resto. De corpo e alma. Ele era capaz de entender como as coisas funcionavam e não aceitar. Ir contra. Desrespeitar.
Porque a paixão pelas corridas era maior do que qualquer regra, do que qualquer outro interesse, mas não era maior que sua fé. Pode ter tido uma vida curta, mas intensa o bastante pra deixar o mundo inteiro parado para acompanhar a sua tragédia.
O mais surpreendente é saber que Senna era brasileiro, o mesmo país de craques do futebol, da música e de ídolos passageiros, mas foi ele, mesmo num esporte de elite, vindo de uma família rica, que cravou no coração da maioria dos brasileiros o sentimento de coragem, fé e determinação que todo homem deve ter.
Se mitos existem, Ayrton Senna, pra mim, é o que chega mais perto disso. Queria ver mais brasileirinhos acreditando em si mesmo e levantando a taça mais do que rebolando ou descolorindo o moicaninho.
Regras, quando erradas, foram feitas para ser desrespeitadas.
ResponderExcluirMuito bom ler um texto muito bom seu. ;)
Beijos!