segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A vida é agora

Você não precisa entender linguagem de sinais, não precisa rever um grande amor. Nem precisa reacender alguma paixão. Entender o que se passa na cabeça das pessoas pode se tornar uma obsessão.

Medir atitudes dos outros pode se tornar cansativo e modificar o que fez no passado, sendo certo ou errado, também não me parece saudável. O ontem não deve servir de apoio para o hoje. Viver agora deve ser bem mais interessante. 



Perdemos muito tempo tentando entender o que passou, tentando modificar quem somos para entrar nos moldes de quem quer que seja. Viver de acordo com o que os outros querem pode ser muito dolorido. É egoísmo. Gestos e atitudes precisam ser originais. O forçado não seduz tanto assim.


Ser novidade pode ser surpreendente. Já parar no tempo me parece burrice. Se tudo faz sentido e parece a melhor atitude a ser tomada, por que é tão difícil fazer? Já procurei uma maneira de seguir este pensamento, mas sempre me pego voltando ao passado. Tentando agir de maneira semelhante a outros tempos. A sensação é de conforto. Talvez o nome correto seja comodismo.


Não quero mais viver no comodismo, mas preciso descobrir a fórmula para subir o degrau. Livro de autoajuda, benzedeira, macumba ou apenas tirar o cabresto. Se alguém aí souber a fórmula do sucesso, me conta. Juro que dou o crédito no final. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

No país das incertezas, quem acredita vira mito

Nunca fui muito ligada na Fórmula 1. Sou apenas fã do ser humano. Também não acredito muito em mitos ou ídolos a serem seguidos, mas bons exemplos são sempre bem-vindos.

E essa sempre foi a categoria que encaixei Ayrton Senna. Um ídolo do Brasil reconhecido no mundo inteiro. Um exemplo de determinação, coerência e fé.

Mesmo não gostando muito de insistir em acontecimentos ruins, não resisti e caí na tentação de assistir ao documentário Senna, de Ayrton Senna, mesmo sabendo que, a duas horas da chegada de 2012, choraria bastante. E chorei o choro premeditado.

Uma tristeza tão intensa que dá vontade de voltar no tempo ou ir para o futuro para saber se somos realmente donos de nosso próprio caminho. Mesmo com o coração apertado, dá pra entender porque aquele homem foi - e sempre será, não sei se o mais importante, mas o mais intenso mito que o Brasil já teve.

Ser o melhor na competição não bastava pra ele. Ele tinha que ser o melhor no resto. De corpo e alma. Ele era capaz de entender como as coisas funcionavam e não aceitar. Ir contra. Desrespeitar.

Porque a paixão pelas corridas era maior do que qualquer regra, do que qualquer outro interesse, mas não era maior que sua fé. Pode ter tido uma vida curta, mas intensa o bastante pra deixar o mundo inteiro parado para acompanhar a sua tragédia.

O mais surpreendente é saber que Senna era brasileiro, o mesmo país de craques do futebol, da música e de ídolos passageiros, mas foi ele, mesmo num esporte de elite, vindo de uma família rica, que cravou no coração da maioria dos brasileiros o sentimento de coragem, fé e determinação que todo homem deve ter.

Se mitos existem, Ayrton Senna, pra mim, é o que chega mais perto disso. Queria ver mais brasileirinhos acreditando em si mesmo e levantando a taça mais do que rebolando ou descolorindo o moicaninho.