Quando a vi ao vivo não parecia, nas poucas músicas que cantou, aquela Amy de estúdio. Corpinho já magro, frágil e que não conseguia segurar a onda que o sucesso trouxe de brinde pra sua vida. Ela conseguia como poucos potencializar a melancolia.
E foi toda aquela verdade das suas letras que me encantaram. Ela sabia escrever o que sentia com simplicidade. Somado àquela voz e a batida, tornava-se irresistível.
Mas previsível? Eu apostava o contrário. Ela não parecia nada previsível. Acreditava que ela fosse se recuperar, dar a volta por cima, porque ia fundo no que fazia. Ela não teve tempo. E não conseguiu esperar.
Amy era exatamente o que ela cantava. Se viciou nas piores drogas, que, por mais surreal que pareça, a ajudaram a escrever sua história, suas letras e a sua vida. E pagou um preço bem alto por isso.
Aquele caos aparente a levaram para a companhia de quem todos nós mais tememos: a solidão. E se foi exatamente assim, sozinha. Um triste fim, que ela não conseguiu evitar talvez porque tenha feito uma escolha errada. Mas diz aí, quem sempre acerta o caminho?
Allan Sieber resumiu tudo bem aqui:
CHEERS, AMY
Ela era demais.
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